Lúcio Roberto de Oliveira – Técnico Judiciário TRE-BA
Nascido em 01 de janeiro de 1962, na maravilhosa cidade de Fortaleza, Ceará.
Pertencente a uma família de origem simples e numerosa. Seu pai, servidor público do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, que aos finais de semana exercia a função de carpinteiro para complementar o orçamento familiar e sua mãe, dona de casa, tiveram 11 filhos.
A infância e adolescência dos irmãos foram marcados por sacrifícios e provações, mas apesar de poucos recursos a família sempre viveu feliz e por orgulho de sua mãe nunca passaram fome.
Lúcio começou a trabalhar cedo, aos 13 anos seu primeiro emprego foi de lavador de louças em uma casa de família rica. Todo dia ia à casa para lavar a louça do almoço acumulada com a do café, até que certo dia deixou cair um prato, que se espatifou no chão. Resultado: a dona da casa o dispensou na hora, sequer pagou sua diária e ainda o fez trabalhar por vários dias para pagar o prato chique que quebrou.
Mas nada disso o desanimou, pelo contrário, arregaçou as mangas e foi a à luta. Ele precisava ajudar seus pais na manutenção da casa e também juntar dinheiro para comprar uma bicicleta, seu sonho de consumo na época. Com a ajuda de um amigo, foi vender tapioca na praia de Iracema e ainda passava a roupa de seus irmãos mais velhos que já trabalhavam, pois, via sua mãe acumular diversas funções domésticas mais importantes.
Conseguiu comprar sua bicicleta e a usava para ir ao trabalho, se divertir e ir para o Colégio Estadual, no qual cursou quase todo o primeiro grau. Depois, pagou do próprio bolso a mensalidade de uma escola particular.
Antes de ingressar no serviço público, trabalhou em diversos locais em Fortaleza, sendo o trabalho na Livraria e Papelaria Pedro I o mais longevo (1981 a 1985) e o mais marcante de sua carreira profissional no setor privado, até porque foi lá que teve sua carteira de trabalho assinada pela primeira vez, como balconista/vendedor. Nesse lugar, sofreu diversas humilhações, desconfianças e acusações injustas. Teve seu cargo rebaixado, mas após seis meses de trabalho intenso conseguiu reverter a situação e conquistou definitivamente a confiança de seu chefe, que o promoveu a chefe dos vendedores/balconistas, ganhando com isso um acréscimo de 20% em seu salário.
Ou seja, conseguiu mudar o resultado do jogo e deixá-lo a seu favor. E ainda, após dois anos de trabalho, o tratamento do seu chefe em relação a ele mudou da água para o vinho. Seu patrão, diante de insistentes pedidos, conseguiu uma meia bolsa de estudos para ele cursar o segundo grau e o pré-vestibular no Colégio Ari de Sá Cavalcante, tido como um dos melhores do Brasil.
Quase metade do seu salário era para complementar o restante da mensalidade do colégio. Estudar num colégio desse nível foi essencial para seu futuro profissional e para a sua vida. Lúcio sempre acreditou na educação e no conhecimento para uma sólida e promissora construção de nosso futuro.
Em 1986, após meses de dedicação aos estudos, passou no tão almejado concurso do Banco do Brasil, que, à época, era um dos mais cobiçados, difíceis e concorridos do Brasil. Começou a trabalhar no BB no dia 29/07/1987, na cidade de Cabrobó-PE.
Trabalhou nessa Instituição Financeira até maio de 2002, quando pediu desligamento e foi tentar ser empreendedor. Não deu certo. Por isso, resolveu voltar aos estudos no começo de 2003 e conseguiu passar nos concursos dos Correios da Paraíba e no da empresa pública CODEVASF- Unidade de Penedo/AL, no qual tirou o 1º lugar.
Nesse mesmo período, passou no concurso da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), onde trabalhou de 17 de maio até 15 de dezembro de 2004, na Reitoria em Natal-RN, quando pediu vacância para tomar posse e entrar em exercício no TRE-BA, em 16 de dezembro de 2004.
Lúcio é bacharel em Direito e possui pós graduação em Direito Constitucional e em Direito Eleitoral, esse último cursado na Faculdade Baiana de Direito; e no momento está cursando a faculdade de Licenciatura em Letras-Língua Portuguesa na Unijorge. Sua grande pretensão é ser professor de Língua Portuguesa. Para tanto, pretende ainda fazer um Mestrado na área de Linguística.
No TRE, foi lotado inicialmente na 47ª Zona Eleitoral em Juazeiro. Na audiência pública, realizada aqui em Salvador, em 16/12/2004, escolheu a cidade de Juazeiro/BA, onde trabalhou, e lá conheceu seu grande amigo João Evódio. Mas, certamente, a pessoa mais importante que lá conheceu foi a servidora Patrícia Ribeiro, da 48ª Zona Eleitoral.
Patrícia Ribeiro que veio a se tornar sua esposa e mãe de suas lindas filhas: Laura Beatriz (nascida em 2011) e Ana Clara (nascida em 2017).
Em 2011, resolveram que chegara a hora de irem para Salvador. Suas remoções não foram nada fáceis. Fizeram suas inscrições no concurso de remoção de 2011. Devido ao tempo de serviço público fora e dentro do TRE, Lúcio ficava sempre nos primeiros lugares na lista. Na sessão do concurso de remoção, no começo do ano, ocorreu um fato que fora digno de uma reportagem por parte da ASCOM: Lúcio ficou em primeiro lugar para ir a Salvador, mas a Patrícia não tinha uma boa classificação, nem mesmo para conseguir remoção para uma zona eleitoral próxima à capital.
O plano do casal era morar em Salvador para dar suporte a mãe de Patrícia, que tinha uma doença no coração.
Assim, quando foi chamado para fazer a opção de escolha, teve que declinar desse direito, para possibilitar que a Patrícia conseguisse ir para uma zona mais perto de Salvador. Com essa desistência, ela conseguiu ser removida para a 192ª Zona – Conceição do Jacuípe, que fica a menos de 100 km de Salvador. Com isso ela conseguiu morar na capital com os pais e cuidar da mãe. Como a Patrícia estava grávida, ela morando em Salvador, ficava tudo mais fácil até para o acompanhamento durante a gravidez. Infelizmente, a mãe de Patrícia faleceu em 2015.
Lúcio continuou trabalhando em Juazeiro e ia todo final de semana visitá-la. Ficaram assim até agosto de 2011, quando conseguiu sua remoção para Salvador, e foi lotado inicialmente na extinta COSEG/SERGE, onde começou a trabalhar no dia 01 de setembro de 2011, para logo em seguida ser lotado na extinta SEMAN (Seção de Manutenção), e sua chefe era a grande e estimada colega Cristiana Lima Soares, servidora com enorme competência e grande capacidade de agregação e de relacionamento. Sempre a sorrir.
Depois, com a reestruturação, em 2013, quando a SEMAN fora transformada numa Coordenadoria, Lúcio foi designado chefe da SEMAI e lá permaneceu como chefe até janeiro de 2017. Depois, passou curtos períodos na SEADIN, SEAQUI e SECONT, durante o ano de 2017. Ainda em 2017, foi designado pregoeiro do TRE, cuja indicação agradece ao seu grande colega Moisés Braga. Compete ressaltar que Lúcio desempenha sua função de pregoeiro com muito prazer e pleno de orgulho e de satisfação.
Por fim, no dia 08 de janeiro de 2018, passou a ser lotado na SELIC-Seção de Licitações, e lá continua até hoje.
Lúcio faz questão de relembrar colegas marcantes:
“Não quero cometer injustiças, mas já as cometendo, cito aqui outros nomes de servidoras com quem trabalho ou já trabalhei, tais como a colega Danielly Carvalho, antiga coordenadora da COGELIC/COMAP, e a atual chefe da SELIC, Milena Hereda, as quais são servidoras comprometidas, justas e assaz competentes e possuidoras de um grande e admirável senso de liderança, além de serem pessoas maravilhosas, e pelas quais tenho em muita estima e elevada consideração.”
De 2011 a 2020, Lúcio fez muitas eleições no interior da Bahia e trabalhou em zonas críticas, nas cidades de Ibotirama, Itarantim e Coribe, sendo esta última no final de 2020. Dentre todos esses trabalhos de suporte, destaca as Eleições Suplementares em Muquém de São Francisco, em 2013, para escolha do prefeito, município esse que à época era vinculado à 173ª Zona – Iboritama. Foram as eleições mais marcantes e o seu maior desafio no TRE. Marcante também pelo clima tenso que se instalou nas cidades.
Essas novas Eleições foram muito desgastantes, mas Lúcio considera um desafio que valeu muito a pena e aproveitou para fazer seu TCC de pós-graduação em Direito Eleitoral, em 2013, justamente com estudo de campo dessa eleição, pois a nulidade do pleito original deu-se com fulcro no artigo 224 do Código Eleitoral, tema de sua monografia.
Para arrematar sua história de vida, Lúcio fez questão de aqui prestar uma justa homenagem à servidora e sua esposa Patrícia Ribeiro Alves da Silva OLIVEIRA, atualmente lotada na SEAJE, unidade vinculada à Presidência do Tribunal:
“Meu amor, amo amar você, e o faço com todas as minhas forças. Saiba que estar com você significa viver momentos que imaginei que só existiam em minhas mais apaixonantes fantasias. Meu Amor, você é tudo em minha vida, e esse tudo vai muito além do amor pleno e mais completo que qualquer mortal pode sonhar um dia!!!!”
Como diz o grande poeta cearense Bráulio Bessa: E a gente leva, carrega o peso do sofrimento, mas a justiça divina nunca erra o julgamento. Falo com o coração: que não existe uma dor que transforme em perdedor quem nasceu para ser campeão!