A iniciativa do MGI, em parceria com órgãos e entidades, oferece 25 espaços distribuídos em 10 estados e no DF, com conectividade e mobiliário para maior conforto e eficiência no trabalho remoto dos profissionais
Servidores, empregados, colaboradores, estagiários e terceirizados da Administração Pública Federal podem não saber, mas têm à disposição 25 espaços no Brasil para trabalho remoto, distribuídos em 10 estados e no Distrito Federal (DF). São as Salas360º — iniciativa do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), em parceria com diferentes órgãos e entidades — que oferecem infraestrutura compartilhada para quem precisa de um ambiente alternativo ao local habitual de trabalho, inclusive durante viagens a serviço.
Hoje, as Salas360º disponibilizam aproximadamente 300 estações de trabalho para uso. Os espaços oferecem recursos como Wi-Fi e mobiliário adequado, além de seguir normas de acessibilidade e segurança. Cada unidade possui características próprias, como número de estações de trabalho, equipamentos disponíveis e necessidade ou não de agendamento para o uso, conforme definido pelos responsáveis. Algumas infraestruturas incluem miniauditório, sala de treinamento, sala de reunião e copa.
A coordenadora de projetos da Secretaria de Gestão e Inovação (Seges/MGI), Catarina Mendonça Ferreira Lima Pinheiro, explica como funcionam as Salas 360° e quais são seus objetivos. “As Salas 360° compõem uma rede de polos de trabalho, de uso compartilhado e rotativo, com infraestrutura para o trabalho remoto. O objetivo é apoiar a produtividade dos servidores com a flexibilização da oferta de estruturas e condições de trabalho adequadas”.
Ela lembra que os espaços atendem tanto aos servidores do Programa de Gestão e Desempenho (PGD), nas modalidades de teletrabalho integral ou parcial, quanto aos servidores em viagens a trabalho. “Além disso, ajudam a otimizar a ocupação predial pela Administração Pública, contribuindo para a redução de custos com espaços fixos”, complementa.
Os usuários das Salas360° preenchem formulários voluntários, que incluem informações sobre a instituição em que trabalham, a sala utilizada, participação em PGD, motivos para buscar o espaço, frequência de uso e avaliação do projeto. Conforme levantamento da Seges/MGI, a maioria considera a iniciativa importante, destacando a procura por conveniência e proximidade, seja para reuniões presenciais, viagens a trabalho ou simplesmente para dispor de um ambiente que ofereça concentração e privacidade.
Mais eficiência e bem-estar no DF
O Distrito Federal (DF) conta com 12 unidades da Sala360º, que fazem parte da estratégia do MGI para transformar os ambientes de trabalho, promovendo mais eficiência e bem-estar no serviço público. Juntas, essas unidades somam 183 estações de trabalho distribuídas entre os ministérios da Gestão e da Inovação; da Justiça e Segurança Pública (MJSP), da Fazenda (MF), do Trabalho (MT) e do Desenvolvimento Regional (MDR), além de órgãos como o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A mais recente sala inaugurada, em maio deste ano, é a do MJSP, no térreo do bloco T, anexo II da Esplanada dos Ministérios, que oferece 11 estações de trabalho. O ambiente é equipado com internet, ar-condicionado e conta com estrutura de apoio para refeições, incluindo micro-ondas, geladeira, água e café.
Para saber mais sobre as Salas360º no DF, suas localizações, funcionamento e estrutura, clique aqui: https://www.gov.br/gestao/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/programas-projetos-acoes-obras-e-atividades/transformagov/sala360/sala360deg-no-distrito-federal/distrito-federal.
Experiência de uso
Priscila Rohem dos Santos é servidora pública de carreira do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e pesquisadora em Propriedade Industrial. Atualmente, está lotada na Escola Nacional de Administração Pública (Enap). Ela relembra suas experiências com as Salas360º. “Eu trabalhava no MGI, em regime de teletrabalho no exterior, e todas as vezes em que vinha ao Brasil aproveitava para visitar a família. Quando não estava de férias, usava as Salas360º no Rio de Janeiro, ANS e INPI, em várias ocasiões. Usei umas 10 vezes em um ano”.
A estrutura de computadores, o silêncio e a possibilidade de fazer reuniões presenciais ou híbridas nos ambientes são as principais vantagens apontadas pela servidora. “A produtividade fica aumentada todas as vezes que um servidor se desloca de um estado a outro e tem um ambiente preparado para recebê-lo. Eu recomendo muitíssimo as Salas360º porque, além de serem espaços que permitem aumentar o foco quando necessário, nos ajudam a utilizar melhor os espaços públicos mediante agendamento nos diferentes locais onde estão localizadas”.
Quem pode usar
As Salas360º são destinadas a servidores, colaboradores, estagiários e terceirizados da Administração Pública Federal para realizar tarefas remotamente, fora do ambiente habitual de trabalho, como em reuniões externas distantes do órgão, em viagens a serviço ou, quando em teletrabalho, necessitar de um ambiente com infraestrutura adequada.
Para usar uma Sala360º, o profissional deve estar devidamente identificado. O agendamento, assim como as regras de uso, varia, pois, cada órgão ou entidade define suas próprias normas, incluindo horários de funcionamento e formato de agendamento, quando for o caso.
A lista completa das unidades e informações sobre agendamentos, está disponível na página oficial da iniciativa.
Como oferecer uma Sala360º
Órgãos interessados em oferecer a Sala360º nas suas instalações devem enviar uma solicitação por e-mail para cppcolaborativos@gestao.gov.br . Para aderir, é necessário atender a requisitos mínimos, como disponibilizar mobiliário adequado (cadeiras e mesas com pontos de energia), rede Wi-Fi, condições de conforto (como climatização e acústica) e segurança, acessibilidade conforme a legislação, além de acesso a sanitários e bebedouros.
O MGI coordena as Salas 360°, atendendo às demandas de órgãos e entidades que desejam abrir suas unidades. Cabe ao ministério publicar o Acordo de Cooperação Técnica em seu site; divulgar informações sobre as salas, como horários e funcionamento; anunciar inaugurações; manter os dados atualizados; e fornecer aos órgãos modelos e imagens para a identidade visual do ambiente.
Não há transferência de recursos financeiros para a implementação, sendo responsabilidade dos participantes arcar com despesas relacionadas a pessoal, equipamentos, comunicação e adequação dos espaços físicos.
Fonte: Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos








