A plataforma de compras públicas Abastece SP, iniciativa da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, alcançou R$360 milhões em operações de negócios no primeiro semestre de 2024. O valor é 23% maior do que o alcançado no mesmo período do ano de 2023, que chegou a R$292 milhões.
A facilidade proposta pela plataforma permitiu que esses números fossem alcançados, pois o modelo atual torna o processo mais rápido e independente para o produtor, como afirma Michel Ravazzi, produtor no município de Monte Alto, que descobriu recentemente o Abastece SP e se empolgou com a facilidade proposta pelo site. “Atualmente, dependemos do contato das Casas de Agricultura para saber onde estão as demandas de compras públicas. Com essa plataforma ficamos muito mais independentes e podemos filtrar o que o mercado mais está precisando”, conclui Ravazzi.
E como a proposta da plataforma é justamente aproximar agricultores às licitações de compras públicas, permitindo acesso a editais públicos para compra de alimentos, o crescimento dos números confirmam que o Abastece SP incentiva a compra de alimentos produzidos no Estado de São Paulo.
Os editais que constam na plataforma, buscam todo tipo de alimento, desde produtos in natura como frutas, legumes e verduras, até processados, como queijos, sucos e doces. De fácil acesso e por meio de um celular, o programa, iniciativa da Codeagro, permite que os agricultores acessem editais públicos abertos por produto ou por município.
O produtor de banana, Rafael Grothe, do município de Miracatu, começou a utilizar a plataforma desde o lançamento, que aconteceu em um evento no município de Itaberá, em que ele estava presente. Entre as principais vantagens do Abastece SP, Rafael ressalta a agilidade no tempo para encontrar oportunidades. “Facilitou muito, agora gasto apenas alguns minutos e consigo verificar todas as oportunidades disponíveis em tempo hábil para se organizar e participar. Antigamente até perdemos o prazo, várias vezes”.
Neste mês, a plataforma anunciou dezenas de editais publicados por prefeituras e entidades do Estado de São Paulo, com 64 produtos, entre frutas, legumes, verduras e até mesmo sucos, iogurte e biscoitos de polvilho, alimentos que costumam ser disponibilizados na merenda escolar.
Esse modelo de aquisição de alimentos, ofertados pelo produtor, fazem parte de programas estaduais e federais – PPAIS (Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social), ação do Governo do Estado de São Paulo que visa estimular a produção e garantir a comercialização dos produtos da agricultura familiar, o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), que oferece alimentação escolar e ações de educação alimentar e nutricional a estudantes de todas as etapas da educação básica pública e o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) que oferece alimentos produzidos por meio de agricultura familiar a famílias cadastradas em situação de insegurança alimentar, além de compras institucionais.
O objetivo é atender os 645 municípios do Estado de São Paulo, incluindo dentro da Cesta, produtos de origem animal, melicultura e ovos. O projeto é voltado aos agricultores familiares tradicionais, assentados, quilombolas, indígenas e pescadores.
Desta maneira, os alimentos chegam diretamente às prefeituras, órgão ou entidades estatais, por meio da publicação dos editais de acordo com a necessidade, e assim são ofertados os produtos oriundos da agricultura familiar, in natura e manufaturados, para aquisição de refeições em órgãos estaduais como hospitais, escolas, presídios, entre outras instituições.
Fonte: Governo de São Paulo