O avanço da Estratégia BIM BR é um passo decisivo para a consolidação da metodologia BIM (Modelagem da Informação da Construção, na sigla em inglês) no país, impactando positivamente a qualidade e a eficiência das contratações de obras públicas e impulsionando a adequação do mercado e a inovação no setor da construção para o atendimento da demanda pública.
Para mapear a adoção da estratégia no país, os ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), da Educação (MEC) e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) estão realizando dois levantamentos. O primeiro questionário visa realizar o diagnóstico da adoção do BIM na Administração Pública Federal. O segundo, em parceria com o Ministério da Educação, mapeia a inserção da metodologia em cursos superiores e técnicos voltados à construção civil.
As iniciativas fazem parte do Plano de Ação da Nova Estratégia BIM BR, em alinhamento com a Missão 3 da NIB — infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade —, e têm como objetivo impulsionar o adensamento das cadeias produtivas nacionais da construção civil e de obras de infraestrutura, priorizando a digitalização e a adoção de sistemas construtivos inteligentes.
O uso de sistemas construtivos digitais na Administração Pública Federal
Realizados no âmbito do grupo de trabalho da Nova BIM BR, os levantamentos visam à identificação de lacunas e à coleta de subsídios para a regulamentação da Nova Lei de Licitações, que estabeleceu o uso prioritário do BIM em contratações públicas de obras e serviços de engenharia.
O questionário foi dirigido aos órgãos da esfera federal direta e indireta. O MDIC espera que o formulário seja respondido até 31 de julho pelas unidades responsáveis pela contratação, fiscalização de projetos e obras, operação e manutenção de ativos e formulação de políticas públicas relacionadas à infraestrutura e construção civil. Dúvidas podem ser enviadas para o e-mail estrategiabimbr@mdic.gov.br.
Formação profissional da Construção Civil
Conforme o Plano de Trabalho da política pública, para que os objetivos da Estratégia BIM BR sejam atingidos, o eixo B deste plano de ação propõe diretrizes e metas para estimular a capacitação e a formação em BIM no Brasil. Nesse sentido, é necessário, inicialmente, mapear a maturidade BIM educacional existente. Este é o motivo da pesquisa, que está sendo enviada pelo MEC para todos os cursos de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo de Universidades e Institutos Federais, e para todos os cursos Técnicos de Edificações e afins dos Institutos Federais.
O prazo de resposta é até o dia 15 de agosto de 2025.
A Nova Estratégia BIM BR
As ações integram o Plano de Trabalho da Nova Estratégia BIM BR (2025-2027), um roteiro detalhado para a consolidação do BIM no país.
O Plano parte de três premissas:
.Estruturar o setor público para a utilização do BIM, em conformidade com a Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos (NLLC).
.Aproximar a política educacional das necessidades de transformação digital da indústria de Arquitetura, Engenharia, Construção e Operação (AECO).
.Criar condições para aumentar os investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), promovendo o desenvolvimento econômico e sustentável da indústria da construção, com o apoio do BIM e de tecnologias correlatas.
Embora inicialmente o questionário tenha sido dirigido aos órgãos da esfera federal, em um segundo momento, planeja-se sua extensão aos órgãos estaduais e municipais, de acordo com o avanço das atividades desenvolvidas pelos grupos de trabalho que integram a Estratégia BIM-BR.
O que é BIM?
Modelagem da Informação da Construção é o conjunto integrado de processos e tecnologias que permite criar, utilizar, atualizar e compartilhar, colaborativamente, modelos digitais de uma construção.
O uso do BIM possibilita “construir virtualmente” e realizar diversos tipos de análises e simulações, antecipando eventuais problemas que não eram possíveis de serem identificados no método tradicional de elaboração de projetos.
BIM é o alicerce para a Construção 4.0.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços








